27 março, 2012

Que o destino seja leve...

                                           Hoje ao deitar
                                          só tenho uma certeza
                                          rezarei pelos meus
                                         falarei aos deuses
                                        não pedirei fortuna,
                                         não pedirei nada
nada, só rogarei
para não esqueçam
do tão pequenino
que somos nos, só
mas eu sei
que os deuses
não dormem nunca
e jamais se esqueçem
entretanto mesmo assim
voltarei meus pensamentos
e minha prece será uma só
quero ser tão gente
quanto sempre fui
e só isto peço
nada quero
nada tenho direito
só me faça como todos
sempre humano, sempre
e para aqueles que amo
que o fardo
não seja tão pesado
que o caminho
seja suave
que o destino
seja leve...

21 março, 2012

 "...Sou imatura, egocêntrica e debilmente iludida por uma auto-estima analgésica de efeito rebote. E dane-se. Um dia o meu amor verdadeiro chegará e será diferente de tudo isso e nós vamos chorar de emoção por ter valido a pena não sangrar até a morte nos insistentes e rotineiros momentos de angústia e nada e vazio e solidão e inconformismo."


E...

Já dizia numa canção:
" E TUDO PASSA...TUDO PASSARÁ..."

Eu sabia que passaria, assim como todos os outros...Que acabaria minhas noites de insonia e desilusão. Eu sabia que um dia eu também desistiria de alguém, não que fosse fácil, mas sabia que aconteceria isso quando feichassem as portas pra mim... Só não sabia que seria tão rápido e maravilhoso. Lamento os dias que chorei por pouco ou por me esculhachar, correr atras e ser pisada mesmo assim...
E o que eu acho? POUCO. Eu acho é pouco, pouco de muito que tem que me acontecer nessa vida, qual é coisas boas também pertencem à minha vida. Não me arrependo de nada que fiz, mas lamento por ter dado tanto crédito a algo que no meu ver não foi tao grandioso assim, aponto de ambos não darem o braço a torcer.
Um dia meu céu voltaria a ficar azul, sempre tive isso em mente. E realmente é o que vem acontecendo. Temos que sofrer, aprender pra depois aparecer pessoas maravilhosas em nossas vidas, mudando todo o contexto, se for possível até alguns sonhos que eu sempre tive em mente.
Hoje, não há por que e o que lamentar, o que passou, passou. E fico feliz quando lembro que me disseram " Nos deixe em paz"...Pude descobrir que fazendo isso eu também ficaria. Agradeço a Deus, por mais uma oportunidade,mais um sorriso e por mais uma pessoa especial em minha vida. Gosto de pensar que todas que passaram por mim, foram especiais, mesmo as mais banais...Sem elas, não teria aprendido e não teria chegado a essa fase.
Espero ter essa nova pessoa, bem mais perto de mim do que o imaginável. Fantásticamente nos damos muito bem, por sermos parecidos em vários pensamentos, modo de agir, decisões e muito mais...Que venha, que seja romance, paixão e amor, o que tiver que ser...venha.
Realmente, minha vez passou, pra melhor? Só o tempo irá dizer, enquanto isso...
Vamos viver o que há pra viver! =)

03 março, 2012

Desabafo

Aos 18 (quase 19), aprendi não me espelhar em ninguém. Parte da minha vida (já vivida, digamos que até aqui) me espelhei em alguém, em que eu achava ser correta e a "salvadora e o brilho de tudo". Talvez, por querer a mesma atenção, educação, respeito e elogios de tal, resolvi me impressionar, gostar, me importar com as mesmas coisas, não deixando também de se importar com o que eu realmente gostava (entende?). De nada adiantou, até piorou. Me perdi e ainda me perco. Não que eu não saiba quem eu sou, mas as vezes penso que se não fosse por esse motivo que parece ser "mesquinho", poderia ter mostrado realmente à muito tempo, como sou de verdade. Do que gosto ou do que gostei; o que penso e o que dias atras pensei. É complicado...
Eu pensava estar fazendo o certo, até um certo ponto. Vi que estava vivendo por tal e não por mim. Isso me deprimia e me fazia ser ainda mais chata e chorona, tinha argumentos mas por muito tempo preferi esconde-los. Numa hora, isso tudo iria acabar, já era previsto que eu seguisse outro caminho, mas ao mesmo tempo, não imaginava o pior. Aquilo que me fazia ficar com brilho nos olhos e rancor por ter sido um "fator" para certas exclusões, não existia. Bom sei la, ta. Existia, mas não era tanto assim. Ao mesmo tempo, já se torna um brilho por ter que aturar tal cobrança de se ter um brilho e de com isso, passar o exemplo.
Mas como tudo ocorre, com o tempo isso vai se esgotando. Me sinto ainda mais confusa. Sempre me culpei por não ser igual e ouvi o mesmo, várias e várias vezes, mesmo até quando eu estava com a razão. Era um meio de eu fujir de uma certa rejeição que eu sentia, porém não sabia dos fatos e do procedimento de tudo, como esperariam que eu me comportasse? Sei quem sou, como sou, o meu interior e do que sou capaz...Mas me pergunto se tal pessoa, também pensara assim, pois diante de tantos problemas, ainda acha um tempo pra zombar de mim ou tentar "me pisar". Sinto que é meio que um sistema de "se eu não tenho, ninguém conseguirá". É triste, um choque total. Minha infância foi uma fraude? Me espelhei em alguém que não era tão grandioso assim, pra depois descobrir que mesmo depois de ultrapassar barreiras, parece não mudar.
Não sinto raiva ou angustia...apenas tenho vontade de gritar...alguém que eu amo, sim eu amo, mas que...não é a balança que eu pensava ser...
É triste saber que estive de fora e continuo estando. Também é bom saber que em momentos de crise, "tal" soube lidar com a situação e mesmo assim, relacionou os estudos. Mas desculpa gente, não quero ser como ela mais. Aprendi que não preciso de atenção e nem ser um "espelho" pra alguém. Não perderei o respeito por tal, mas também não tenho mais "sangue de barata" para suportar tais insultos e apontadas de dedo pro meu nariz, pra minha vida, sem antes tal pessoa, apontar para o dela.
Não estou julgando ou algo do tipo, só queria ser compreendida as vezes, ouvida e quem sabe normal aos olhos de quem me trouxe ao mundo.
Mesmo ainda sem saber o que fazer, diante de todo atrito...eu ainda continuo aqui, basta perceberem que mesmo com o "mindinho" da mão direita, eu posso ajudar...Mas ficar culpando e apontando o dedo pra todo mundo, não ajudará em nada.
E depois de todo esse desabafo, ainda me sinto mal...como se eu fosse ruim, me sinto uma merda pra falar a verdade. Aflita, sem saber o que fazer, eu sinto as dores de tal, compreendo certas coisas, mas não aceito mais certas atitudes, só isso.
Faço mal em pensar assim?