Quero colo

"Mas o que é que você quer, menina? - perguntou-me já exausto de tanta teimosia. Eu o encarei no fundo dos olhos e fui sincera: Quero colo." - Clarice Lispector






Como eu me sinto? Como uma criança que precisa de afeto e carinho. Que precisa e necessita do calor de um colo...pra se sentir segura, pra conseguir se acalmar e curar qualquer dor.
Tem dias que preciso disso. De alguém me dizendo que está tudo bem, porque estou protegida ali. Que nada vai me atingir naquele momento. Preciso de algo que me transmita paz e ao mesmo tempo, que faça meus olhos brilharem de encanto.

Recomeçar

Não satisfeita com as turbulações presentes nos ultimos meses. De uma hora pra outra, pinta uma sombra de esperança sobre a menina. Mesmo ferida e ressentida com o passado não tão passado assim, resolve tentar.
De uma hora pra outra, um trevo de quatro folhas caiu sobre suas mãos e, dessa vez, ela decidiu seguir o caminho, sem interferir. Chega a acreditar no que sempre lhe disseram "o que é pra ser seu, virá aos pouquinhos".
Agora ela quer mais que palavras. Quer corpo e alma, risos, abraços e passeios de mãos dadas. Não quer saber de planejamento ou de clichês, quer apenas o que tiver que seu seu.
Decidiu recomeçar, do nada. Ou talvez seja por estar cansada de indiretas e de tanto silêncio. Silêncio esse acompanhado de muito orgulho e que apontava o dedo pra menina, como se ela fosse culpada por ter dito o que pensava e o que sentia. Mas a verdade é que, creio eu que a menina quer recomeçar porque apareceu alguém dando-lhe luz e que se mostra preocupado com sua paz e seu sorriso. Alguém que mesmo ela não o conhecendo bem, vale a pena arriscar.
Mas antes de tudo, ela tá pisando com calma no terreno. Não quer ter que arrumar as malas quando por fim sentir algo forte, novamente. Por isso, coração leviano e esperança na mão, uma boa canção é o que a acalma.
Arriscar e arriscar, algo que ela sempre fará. Sem medo daqui em diante.

Bebida e amor são iguais

Reparei que bebidas já não amenizam meus sentimentos, os fazem mais fortes. Não me sinto mais revoltada também e com vontade de chorar, eu to começando a planejar e pensar mais. O copo cheio na mesa, nada mais é que algo tentando substituir a sua presença, ou digamos que preenchendo a sua ausência.
Mas ontem, sentada na roda de amigos que bebiam, comecei a pensar e...beber e amar são coisas extremamente parecidas.
O gosto é o mesmo. É algo que eu gosto, porém não é sempre que me consome ou que eu consumo. É doce e ao mesmo tempo pode ser amargo dependendo da dosagem que se dá, que se ganha e que se paga por "embarcar nessa onda".
Dá pra se embriagar, rir e chorar que, depois de uma dormida ou você acorda cara valente ou com turbulações na cabeça. Te vicia, te invade e você sempre quer mais, quer a presença daquilo em sua vida.
Mas também te faz perder a cabeça, te arranca o fígado, te faz enjoar e pode te levar a caso crítico de hospital.
Logo, o amor pra mim (nesse momento) nada mais é que uma bebida louca que ingerimos sem temer. Que nos consome e invade, que faz a alma ver por segundos ou por tempos, o quanto é bom viver, com tal.
Pode até parecer bobagem, mas se não for nada disso caberá só a mim esquecer, uma e outra e procurar outro vício, que não seja tão parecido assim.

Saudade

A gente vive junto, a gente se dá bem, não desejamos mal...só queremos o que nos faz sentir bem, de volta.

Espero que volte

Sempre me lembro do seu sorriso e do seu jeito atrapalhado de ser e de andar. Toda noite lembro que clareava com alguma luz o caminho e observava cada passo que eu dava, pois queria que eu tivesse os pés no chão em completa segurança.
Todos os dias espero sua ligação, sua mensagem de bom dia e suas indiretas romanticas postadas nas redes sociais, que segundo você mesmo, era pra mim.
De tanta saudade e nostalgia...É nas madrugadas mais frias, deixo a porta aberta, ligo a tv e coloco na sua série favorita. A coberta de retalhos que você adora fica sempre do lado da chícara de café quentinho e adocicado com muito carinho...Deixo um lápis e um pacote de folhas sulfites, pra você escrever rascunhos sobre nós, como fazia. Faço isso todas as vezes que leio um trecho de algum, entre tantos, livros que tenho na cabeceira da cama. E tem mais...os m&m's estão nas latas bizarrinhas que só a gente gosta, o controle da tv fica do lado do café caso você queira pausar o seriado. E como eu sei que você sempre arranja uma desculpa e para o seriado, eu sempre coloco aquela minha blusa estranha de florzinhas que me tornam uma pessoa meiga, segundo você, pronta pra te abraçar, deitar em seu clo, receber cafunés e te morder...Espero que você volte e me faça companhia, que ature as minhas ideias e falas mais loucas "que o padre do balão", ou que me diga palavras de conforto.
Faço essas coisas na esperança de que uma noite dessas você possa voltar e querer tudo do jeitinho que deixou. Que você chegue de mansinho e me abrece forte, dizendo que tudo não passou de estupidez, que voncê venceu seu orgulho e que finalmente podemos voltar a ter os nossos desejos, sonhos e chamegos, juntos.
Mas as coisas acontecem de maneiras bizarras, vem e vão num piscar de olhos. Sem entender se é destino ou não, se é fase ou talvez seja consequência ou até mesmo ausência. Ausência de nós.
E é nessas madrugadas frias que mais penso em você. Que me faz acabar aos poucos com todo o rancor que sinto, que me faz entender seu silêncio e as palavras não ditas. E isso, só aumenta o que eu te disse algum dia, que independente de como as coisas acontecem, você me faz bem.
Sempre te espero com o melhor de mim, com o melhor que posso dar e sempre penso que posso ser ainda mais, pra ver a calmaria, sentir a suavidade do vento batendo na janela, apreciar o sol com um sorriso e ter em mente que você me ama.
Eu espero que volte. Caso realmente volte, que façamos as coisas diferente mas ressaltando os nossos velhos gostos, que é só nosso e que o resto do mundo não precisa aplaudir ou entender.
Volte logo que é pra não esfriar o café, o doce do meu beijo, pra não perder o seriado e perder meus abraços que, segundo você mesmo, te aconchegam.

Oi inspiração

Ela vem sem avisar. Chega de mansinho, querendo fazer um estrago enorme. Euforia é sua aliada. Desespero é vizinho e acelera até o coração.
Nem sempre que ela chega a casa está aberta pra visitações ou se tem ânimo pra criar algo, mas é só pegar um lapis e papel e...supimpa, combinação perfeita.
Não sei se ela ressalta algum dom que descobrimos ter, depois de feito ou se alguma força de luz/divina dá uma força para que o trabalho saia bem feito e com isso sintamo-nos um pouco menos vazios. Um pouco menos e ao mesmo tempo distante de tudo.
É assim que tem sido meus dias, e confesso que, foi um dos motivos que me fizeram voltar pra esse blog. Pois como já disse antes, dramaticamente, não tenho tido força e ânimo pra mais nada. Mas ai, como dizem "Há males que vem para o bem", e o bem foi isso. Escrever e desenhar me faz parar de pensar, de sentir culpa ou de querer explicações.
Pronto, ta aí. "Se nada der certo" viro artista de rua, ou viverei vendendo rifas de quadros que poderei fazer - só que não. Ok parei.

Mas realmente, essa tal de inspiração, é o que tem me reanimado esses dias e eu, eu to achando isso ótimo pois, não pensar em você já é estar bem! =]

É como se (eu nunca pensei que escreveria isso, mas vamos la) eu sentisse a arte, como se realmente fizesse parte de mim e não só poder, mas ver isso é MAGNIFICO! =D

Solidão...

Queria pegar o primeiro barco e velejar pra qualquer lugar distante daqui. Quero me sentir só literalmente, porque eu estou cansado de ter tanta gente do meu lado e ao mesmo tempo não ter ninguém comigo.
Sinto aquela solidão de está sozinho em meio à multidão. A sensação de não ter ninguém em quem confiar. Como se nenhum lugar fosse o lugar certo do mundo.
Choro sem saber por que, nem quando, nem onde. Talvez eu esteja chorando as lágrimas de anteontem. É que eu costumo guardar as coisas desde tanto tempo, que já nem sei a sequencia e nem os motivos pelo qual eu deságuo…
O que sobra é apenas a vontade de entregar os pontos, abandonar a casa, soltar as borboletas presas no estomago e tirar meu coração desse tal confinamento. Vontade de fechar as janelas, porque hoje eu vou descansar as mágoas até mais tarde…

Apenas uma verdade

O porre de saudade passa, mas a lembrança fica, e de vez em sempre você tira ela da gaveta e se dopa dela novamente.
E cá entre nós, sabe o que é bom nisso tudo? Voltar a ser, ser você, ser ele, ser nós, ser humano.

Você vai morrer

Vai morrer todas as vezes que alguém te encher de esperança e te decepcionar. Vai morrer todas as vezes que perceber que escrever não foi o suficiente e que chorar não te aliviou. Vai morrer todas as vezes que a satisfação consigo mesmo não for o suficiente para preencher o vazio que sempre faz presente em todos os eus existentes em seu interior. Vai morrer todas as vezes que o silêncio se incomodar com o barulho da dor. Vai morrer nas noites gélidas em que o cobertor e as lembranças boas não forem o suficiente para aquecer sua alma.
Vai morrer quando os lamentos forem maiores que as conquistas. Vai morrer quando o amor passar por ti, te olhar como se fosse transparente, inexistente. Vai morrer porque faz de tudo para preencher o vazio que existe dentro de ti, mas da maneira errada. Vai morrer, e como vai morrer. Mas vai sobreviver. Vai respirar. Eu sei que vai, e como sei.

 

Sem forças

Mais desanimada e triste que eu, só se for a modelo magrela na passarela da música do Zeca Baleiro. O café gelado que é esnobado por alguém por causa que uma mosca "sentou" nele. Que fumante sem binga pra ascender o seu cigarro e bla, bla, bla, bla...
E é nessas horas em que me bate uma vontade de escrever. Mas se tudo o que eu for escrever for sobre você, saiba que sim...você tem sido o causador do meu desanimo.
Esse papo de "que venham novos ares" já me assusta, pois repara bem na merda que deu a última vez que postei/curti/compartilhei/pedi isso, repara meu bem.
Tô cansada de gritar "Vida, surpreenda-me" e realmente ela me surpreender, só que com coisas e sentimentos rasos, pessoas pela metade, sorrisos por um dia e palavras ao vento. Se eu tivesse força, responderia : Vida, te dana sua bitch!
Nostalgia tá virando rotina. E quanto ao "Na dúvida, durma" já não está adiantando também.
Sem forças pra continuar a escrever isso, que no entanto é um desabafo.

É melhor assim

Eu pra cá, você pra lá.
Ambos se culpando mas ambos com orgulho apenas aumentando, o que impede de voltar atras ou de recomeçar do zero.
É melhor assim né? Chorar, sentir saudade e ficar lendo sms antigas, das quais um dizia pro outro o que mais atraiu, o que mais gostava e relembrando o primeiro encontro. 
Postar e compartilhar imagens, gostos musicais que me fazem lembrar você já ta virando rotina. Pena você não estar lá entre meus amigos pra ver. E quando te stalkeio, vejo que também faz o mesmo, engraçado não?
Ir sentindo saudade e raiva ao mesmo tempo. Querer gritar mas ao mesmo tempo lembrar do dia em que nossos passos estavam pertos, que um guiava o outro, iluminando aquele asfalto perto de casa com o celular e achando a coisa mais louca da vida...É... Sorrir aos poucos e depois ter vontade de chorar porque você foi capaz de acreditar em alguém novamente. Mesmo sem entender o por quê de tudo isso, pois ainda, depois de tudo, você ainda acha a pessoa plena, leve, diferente de todas as outras...até se esquece que fez igual a alguém que um dia te magoou.
Sente-se na pele a frieza, que ao mesmo tempo arrepia.
Ficar pensando e re-pensando que poderia ser diferente se tivesse se doado por inteiro logo no começo, ou se continuasse a ignorar o fato de que você encontrou a pessoa certa. É, pensar que poderia ter sido mais fácil ou durado mais tempo depois que a merda toda foi explodida no ventilador, é a melhor coisa.

Você realmente acha que é melhor assim. Matar um sentimento, puro, louco e sem explicação por motivos bobos. Ficar correndo, observando qualquer esquina pra ver se acha alguém pra repor no lugar...

Talvez seja melhor assim, eu encontrar você em músicas, palavras e lembranças...É melhor assim...É melhor assim...Você me fez gostar, me fez sentir-me bem e acreditar que os acasos me levam até você, só não me prometeu olhando nos olhos que ficaria ao meu lado.